Terceiro
Setor
No Brasil, assim como em outros países, ocorre o
crescimento do Terceiro Setor que, por sua vez, coexiste com dois outros
setores: Primeiro Setor, representado pelo governo, cumprindo este uma função
administrativa dos bens públicos, correspondendo assim às ações do Estado com
fins públicos, tanto no âmbito municipal, estadual como federal, e o Segundo
Setor, representado pelo mercado, ocupado pelas empresas privadas com fins
lucrativos.
Para o conceitual do Terceiro Setor, há várias
definições. Segundo o estudioso do tema, Fernandes o conceito denota:
...”um conjunto de organizações e iniciativas
privadas que visam à produção de bens e serviços públicos. Este é o sentido
positivo da expressão. Bens e serviços públicos, nesse caso implicam uma dupla
qualificação: não geram lucros e respondem a necessidades coletivas.” FERNANDES
(1994, p.21)
Do exposto, há algo em comum entre o Terceiro Setor
e o Estado: ambos devem cumprir uma função eminentemente coletiva. Agrupam-se
uma grande variedade de instituições no Terceiro Setor: Organizações Não
Governamentais, Fundações e Institutos Empresariais, Associações Comunitárias,
Entidades Assistenciais e Filantrópicas, assim como várias outras instituições
sem fins lucrativos.
Constata-se nas últimas décadas um crescimento
quantitativo e qualitativo do Terceiro Setor como um todo, em especial das ONGs
(Organizações-Não-Governamentais). Com a consolidação democrática, através das
pluralidades partidárias, formação de sindicatos e fortalecimentos de
movimentos sociais urbanos e rurais, abre-se espaço para uma atuação mais
efetiva das ONGs.
Neoliberalismo
Neoliberalismo e uma
prática político econômico monetário. Após a crise do petróleo, o governo não tinha dinheiro para pagar o déficit público, pois
investiu na guerra. Então resolveram reduzir a ação do estado na economia.
Diante da crise
generalizada, muitos economistas passaram a defender a necessidades de se por
em pratica uma nova política econômica, com forma de reduzir seus gastos, os
estados deveriam se afastar das atividades produtivas e deixar o mercado
regular, livremente o preço dos bens e serviços. Para tanto propunham as
privatizações das empresas estatais e abertura da economia em relação ao
mercado interno. Além disso, o governo deveria reduzir suas participações no
serviço de assistência social, transferindo essa atribuição às empresas
privadas. A própria legislação trabalhista, deveria ser substituída entre
patrões e empregados, enfraquecendo assim o papel dos sindicados.
Essa medida estimularia
o crescimento econômico. Desativaram os
programas sociais, e os mecanismos que amparavam os trabalhadores. Essas
medidas fizeram economias nos países, Estados Unidos e Grã-Bretanha, mas
acentuaram a desigualdade social. A globalização e o avanço tecnológicos,
reorganização comerciais regional. Ela se desenvolveu a partir da Revolução
Industrial.
Neoliberalismo x Terceiro Setor
Foi implementado pelo projeto de Reforma do Estado,
um Programa de Publicização através da criação das agências executivas e das
organizações sociais regulamentadas pelo Terceiro Setor, constituindo um
chamado Setor Público não-Estatal responsável por firmar parcerias com ONG’s e
instituições filantrópicas para implementação de políticas sociais.
O que está jogo é um processo de transferência de
recursos públicos para a iniciativa privada. Dentro dessa lógica “os subsídios
fiscais, por exemplo, que são recursos públicos, podem ser dados ao setor
privado da economia, desde que os resultados advindos dessa operação não sejam
apenas dependentes da vontade dos proprietários do capital” (Idem, p.5).
Tal processo afeta diretamente a regulação do Estado
nas políticas públicas. Pode-se concluir que a Reforma do Estado, do modo como
vem sendo materializada, abre crescentes espaços para as ONG’s e a iniciativa
privada que compõem o Terceiro Setor, assumindo a execução de inúmeras
políticas públicas abarcando grande parte de recursos governamentais e
privados, com a tarefa de promover ações sociais antes de responsabilidade
estatal.
Em virtude da atuação ineficiente do Estado, em
especial na área social, o Terceiro Setor vem crescendo e se expandindo em
várias áreas, objetivando atender a demanda por serviços sociais, requisitados
por uma quantidade expressiva da população menos favorecida, em vários
sentidos, de que o Estado e os agentes econômicos não têm interesses ou não são
capazes de provê-la. Seu crescimento vem em virtude, também, de práticas cada
vez mais efetivas de políticas neoliberal do capitalismo global, produzindo
instabilidade econômica, política e social, principalmente nos países do terceiro
mundo.
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